Histórico

Em Brasília o arco começou bem improvisado, por volta de 2000, onde três arqueiros atiravam num campo de 50 metros emprestado nos fundos de uma igreja luterana. O alvo era improvisado e tinha que ser removido depois de cada treino.

Se passou um tempo, e em 2001 a igreja pediu para que se parasse a atividade devido o medo de alguém se machucar. Aí, a pedido dos arqueiros, o comandante de 2º DP, na asa norte, concedeu o uso do espaço atrás da delegacia, dividindo o espaço com o estacionamento dos carros e um campo de futebol. Nesse local foram botados dois alvos, em direções diferentes, um a 70 e o outro a 90 metros. Ao grupo inicial de 3 arqueiros (dois atirando recurvo - Capitão José Ricardo Lopes e o Sérgio, e um composto - Daniel) se uniram mais dois novos (um recurvo - Tin Po Huang um composto - Christian Haensell). No mesmo ano, o capitão médico José Ricardo conseguiu junto ao GAE, no colégio militar a autorização para que se possa usar o espaço da escolinha de tiro com arco do colégio militar também para treinamento dos adultos e a execução dos campeonatos oficiais.

Em 2001, o então Grupo de Atividades Especiais - GAE do Colégio Militar de Brasília, de forma pioneira, montou parte de uma grande estrutura para um projeto ambicioso: incentivar e desenvolver a prática do Tiro com Arco entre os alunos do Colégio, visando a alcançar expressivos resultados nacionais nos próximos anos, e tendo com “centro do alvo” o envio de algum atleta do Colégio a uma Olimpíada. O estande montado ao lado do campo de areia e as demais instalações de apoio foram visitados por arqueiros e organizadores locais e da Federação Goiana, tendo sido motivos de elogio a iniciativa, materiais e equipamentos, e contando com seu apoio e incentivo. Da mesma forma, a notícia foi recebida com grande entusiasmo pelo diretor técnico da CBTARCO, o Sr. Renato Dutra e Melo Emílio, atleta mais premiado no Brasil até hoje, já tendo inclusive participado de várias competições internacionais, Jogos Pan-Americanos e Olimpíadas.

Neste período o grupo de arqueiros foi crescendo, se unindo a eles o Cel Paolo Sérgio augusto do Amaral e depois o TenCel José Eduardo Pereira, ambos composto, fora de vários jovens atletas. Destes jovens a única atleta ainda praticando (em 2006) é a Beatriz Chiyin Ma. Novos atletas vinham a cada mês, e o grupo vinha crescendo. Á já existente escolinha, instruída pelo capitão José Ricardo, foi adicionado em 2003 mais um instrutor, Christian Haensell.

No final de 2002 o GAE foi extinto, tendo sido o material transferido para a Seção de Educação Física do CMB. A escolinha no colégio Militar continuou sob a supervisão do capitão José Ricardo.

Em março de 2003, foi criada a Associação de Tiro com Arco de Brasília – ATICA, entidade civil sem fins lucrativos, destinada a promover e incentivar o esporte do Tiro com Arco. A ATICA utiliza como permissionário o estande instalado no CMB e, contando com sócios civis e militares, objetivando incrementar o esporte em Brasília e na região, reinicia em abril as atividades da “escolinha”, agora expandida também para o público civil.

Com a troca de comando no Colégio Militar, normas e regulamentos foram mudados. Com o esforço incansável do TenCel José Eduardo, junto com o apoio do Cel Teófiles, se consegui um espaço na área do Clube do Exército, na sede do lago. 

Em fins de Abril de 2004, com os primeiros alunos civis, foi montada por Christian Haensell, em forma precária a escolinha no campo do Clube do Exército. A início foram 4 alunos dos quais dois ainda atiram: Klaus von Behr (campeão brasileiro infantil 2005 e vice campeão brasileiro cadete 2006) e Nicolá Dudermel (vice campeão brasileiro benjamim 2005 e campeão brasileiro infantil 2006)

O mato foi capinado dando uma área inclinada de tiro onde foram efetuados os primeiros campeonatos regionais no Clube do exército. Em Novembro de 2004, Brasília foi representada no 31º campeonato brasileiro em Botucatu, SP, por cinco altetas do clube: Rubens Terra Neto (que ficou em 5 lugar nas individuais de arco recurvo masculino adulto), Dark Torres e Ten Cel José Eduardo no composto, e Christian Haensell e Capitão Ricardo Lopes no recurvo (que junto com Rubens Terra Neto ficaram em 4º na copa Brasil - campeonato por equipes recurvo masculino adulto).

Em 2005, com o incentivo do clube e o trabalho incansável do Ten Cel José Eduardo, o Clube recebeu um doação generosa que possibilitou a terraplanagem do local, assim, podendo-se montar uma área de campeonato conforme as normas internacionais.

A escolinha que inicialmente começou com 4 atletas, agora tem 35 atletas. A ATICA que inicialmente foi fundada com 7 arqueiros agora tem 45 sócios. Inicialmente tinha 2 arcos recurvos, agora possui 16 arcos recurvos e 4 arcos compostos.

Em 2005 foi fundada a FETARCODF, federação de tiro com arco do DF, que representa o esporte do arco e flecha do Df junto a CBTARCO (Confederação brasileira de tiro com arco) pelos clubes: Clube do Exército, ATICA e ATIRA.

 

Em Setembro de 2005 recebemos a visita de Eros Fauni (diretor técnico da CBTARCO) e de Vincente Langenscheidt (presidente da CBTARCO) para a excecução de um de instrutores de tiro com arco, onde participaram 15 atletas. Logo em seguida foi ministrado também no Clube do Exército um curso de árbitro onde participaram 10 atletas.

 

E assim o número de atletas foi aumentando. Inclusive vários de outros estados. Vieram Moacyr Schichet (que com Dark Torres e Doughlas Felcar ficaram em 3º composto masculino adulto no brasileiro de 2005).

 

No campeonato brasileiro indoor de 2004 (que é feito no começo de 2005) a ATICA conseguiu o 3º lugar na individual infantil juvenil com Klaus von Behr, 2º no recurvo feminino master com Gi Hedwig, e 2º por equipes juvenil masculino.

 

De 2004 para 2005 o treinamento é efetuado numa parte do salão de festas do Clube. Isso fez com que o treino pudesse ser administrado sem intervalos durante o ano inteiro independentemente se chovia ou não, e assim vários novos atletas se uniram ao grupo, entre eles Samuel Cavalcanti (2º juvenil recurvo no brasileiro de 2005), Douglas (2º composto juvenil brasileiro 2005), André e Alexandre Murrai e Gabriel de Barcelos Conceição Silva (que ficaram em 3º cadete recurvo masculino no brasileiro de 2005), e Bernardo de Sousa (1º infantil recurvo brasileiro 2005)

 

Em Outubro de 2005 no 31º campeonato brasileiro outdoor conseguimos 10 medalhas. Campeão brasileiro e vice no benjamim recurvo masculino, campeão brasileiro no infantil masculino recurvo, vice no juvenil recurvo masculino e vice no juvenil composto recurvo, e na copa da amizade onde o time olímpico Italiano esteve presente, conseguimos primeiro, segundo e terceiro no recurvo infantil masculino, 3 no cadete recurvo masculino por equipes e 3 composto masculino adulto por equipes. Os atletas cadetes e composto da ATICA atiraram no campeonato pelo clube do exército.

 

Em Janeiro de 2005 a escolinha da ATICA abre suas portas para deficientes físicos, tendo o nosso primeiro atleta surdo.

 

Em Fevereiro de 2005 temos nosso primeiro arqueiro instintivo com Everton Rosa. Assim completamos o círculo de todas as modalidades: composto com e sem mira (com gatilho e sem gatilho), recurvo olímpico, recurvo bare bow e o arco nativo (instintivo, tradicional e de caça).

 

De 2005 para 2006 recebemos uma área própria para o treinamento durante a época de chuva e os campeonatos indoor, a antiga área de bocha do Clube.

 

No campeonato indoor Pan Americano de 2005 (executado no começo de 2006), conseguimos com os nossos atletas mirins: Klaus von Behr, Alexandre Murrai e Gabriel da Silva, o terceiro lugar por equipe Juvenil, batendo o Canadá.

 

Em Março de 2006, o professor Christian monta seu primeiro projeto com crianças carentes no Núcleo bandeirante junto com a Unipazz.

 

Em Abril de 2006 tivemos a inscrição do primeiro atleta cadeirante na escolinha, José Henrique Silva Sousa, atirando de composto (e participou do campeonato brasileiro de 2006 em Belo Horizonte). Em Agosto de 2006 tivemos a inscrição da primeira atleta cega na ATICA., Silvana. Um mês depois, com a ajuda da academia Fit 21 o grupo aumento para 3 atletas totalmente cegos. E com isso somos a primeira escola de arco para cegos do Brasil.

 

Em Outubro de 2006 fomos para o 32º campeonato brasileiro em Belo Horizonte com 9 atletas, onde ficamos hospedados na escola preparatória de oficiais do exército. Nesta campeonato conseguindo conquistar 6 medalhas (Klaus von Behr, Bernardo Sousa e Nicolá Dudermel), 3 de ouro e 3 de prata. Entre os 9 atletas um deles foi o cadeirante José Henrique.